quarta-feira, 3 de março de 2010

Quadriga moderna

Não sei de que lugar dos Estados Unidos é mas gostava de saber, e de o ver ao vivo. Trata-se de um atrelado de moto, a imitar as quadrigas que os romanos e outros povos da antiguidade usavam em guerras e torneios com um, dois, três ou até quatro cavalos. A ideia em si já é original, mas o mais interessante, ou maluco, é que o condutor conduz a moto a partir do atrelado, como se tivesse a guiar cavalos, e com rédeas. Ao que parece, custou 100.000 dólares a fazer - carote - mas a empresa que o fez Cars&chariots) faz réplicas para fora.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Servo-susto


Não percebo lá muito de mecânica mas depois de seis ou sete anos a rolar em BMs com servo-freio, sei apreciar a importância dos ditos cujos no travar, e o incómodo, para não dizer o susto, que é não o termos a trabalhar. Há uns anos atrás já apanhei um bom susto na Trofa quando pus a moto a trabalhar numa descida, perto dum cruzamento, e quando já mesmo em cima do cruzamento reparei que o servo-freio, por qualquer motivo, não se tinha ligado. Tinha uma fracção de segundo para pensar o que fazer e o que me veio à cabeça foi curvar para a direita, para pelo menos não ter que atravessar as duas faixas da estrada onde eu estava, sem querer, a ir ter. Acabou tudo em bem mas apanhei um susto que ainda hoje me lembro. Pois desde há uns meses para cá, o meu querido servo-freio tem-me vindo cada vez mais a mostrar-se teimoso e a não ligar quando ligo a moto. Por vezes liga-se depois passado uns minutos, por vezes é passado meia hora, e por vezes é nunca. Na semana que vem vou ver, finalmente, se descubro qual a origem do problema mas até lá, por mais que me mentalize que ele está assim - meio avariado - tenho apanhado mais uns não sei quantos sustos. Só espero que seja só apertar um parafusuzinho ou algo similar. Ojala!!!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

225 kms/hora, a volts


Ao que parece é a moto eléctrica mais rápida do mundo. 225 kms/hora, sem mudanças. É só enrolar o punho e a força toda da dita salta cá para fora! Está a ser desenvolvida na Califórnia há dois anos e vai entrar em produção em 2011, os seus fabricantes, a empresa Mission One, prevendo produzir a dita a uma cadência de produção de 35 unidades/mês. E o preço? 65.000 dólares por unidade, cerca de 45.000 euros. Caro, mas exclusivo, chamativo, ecológico, e very, mas very, económico!

domingo, 31 de janeiro de 2010

De chaves de porcas e parafusos


Isto das crises é geralmente muito mau, meio depressivo e outras coisas mais, mas também tem uma ou outra coisa boa. E no meu caso, uma delas foi o ter que aprender o mínimo de manutenção de motos para poupar dinheiro nas revisões da burrinha. Até recentemente, todas as suas revisões eram feitas num concessionário BMW, nomeadamente na Baviera, Bomcar, ou na S-Drive, mas com a necessidade de poupar tudo quanto são tostões, tive que aprender a hoje simplecíssima tarefa de mudar óleo, mudar filtros de óleo, e outras coisas menos complicadas. Desmontar motores ainda não vou lá, e provavelmente nunca irei, mas há uns tempos se me falassem no assunto dar-me-ia vontade de rir. Hoje em dia já digo algo como "nunca se sabe"!

domingo, 24 de janeiro de 2010

Promessas de inverno


O caso ainda pode vir a degenerar em histeria colectiva. Como se não bastasse há dois dias não chover em Lisboa, as previsões apontam para mais uns cinco ou seis dias com as estradas secas. Será possível? Como soldado de primeira linha no embate com a chuvinha, já estou tão habituado à sua presença este inverno que considero quase impossível tantos dias seguidos sem ela. Mas mesmo que as minhas preocupações climatológicas mostrem que este pessimismo tem razão de ser, uma coisa é certa. Depois de tanta chuva, é maravilhoso termos uns diazinhos sem nos molharmos, e sem aqueles cuidados quase obcessivos com os carros do lado, deslizes e derrapagens.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Toranjixs


A caminho dos 150.000kms, a minha burrinha já viu muita coisa nos seus quatro anos de existência. Paisagens bonitas, paisagens menos bonitas, estradas óptimas, estradas perigosas, piso seco, chuva (muita chuva, pelo menos ultimamente), condução em solitário (sobretudo), e condução com penduras, mas há uma coisa que ela nunca tinha visto, até ontem. Nem ela, nem eu. No final das minhas andanças pelo Algarve ontem (com muita chuva à ida, mas quase nenhuma à volta, uf!), foi presenteado com uma caixa de toranjas. Agradeci e declinei a oferta sob a fortíssima argumentação que não tinha espaço para a trazer mas não tive sucesso nas minhas explicações. A insistência para que trouxesse as ditas era tal que acedi a que se fizesse uma tentativa de colocar a caixa na bagageira, pensando que o experimento não iria resultar e que eu iria "plantar" toranjas logo que começasse a rolar. Pois os cuidados em estabilizar a caixa - com cabos plásticos, cabos de cobre e elásticos com garras! - foram de tal ordem que 250kms depois, ainda estavam todas dentro da caixa. Grande Norberto e grande Prof. Graciano!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Mais chuva


Duvido que haja país da Europa mais húmido que Portugal, agora. Mesmo o Reino Unido e a Irlanda, os campeões da chuva, não podem ter tanta chuva como nós estamos a ter. Aquilo agora por lá deve estar tudo cheio de neve. Eu até gosto dela, eu sei, mas nestes dois últimos dias, tem sido demais. Domingo, apanhei uma tromba de água, ou algo parecido com isso, na A5, e ainda fui presenteado com um dos maiores sustos que apanhei nos meus já quase 300.000kms de moto. Era já noite, e ia de Lisboa para Cascais. Ao chegar próximo da entrada da Cril na A5 desviei-me da faixa da direita para a central por causa da confusão de carros a entrar na auto-estrada. Sim, porque em dias de chuva, com muito trânsito, prefiro ir na A5 pela faixa da direita. Vou muito bem a uns 90, 100 kms/hora, atrás de um carro que seguia a essa velocidade, quando de repente vejo um monte de lata com quatro rodas a mudar-se, mesmo ao meu lado, da faixa da direita para a minha, para o lugar onde eu me encontrava! Isto com chuva, chuva e ainda mais chuva, e muito pouca visibilidade. Primeiro pensei que fosse um pesadelo mas na fracção de segundo seguinte, percebi que era bem real. E percebi também, que tinha que tomar algumas decisões bem importantes, naquele preciso momento. Se travasse, arriscava-me a que a burrinha derrapasse ou que me batessem por detrás. Sim, porque atrás de mim, com tanto trânsito que havia, certamente havia alguém. Se não travasse, arriscava-me a que o monte de lata viesse - num segundo, ou no máximo dois - para cima de mim. E se me desviasse para a terceira faixa, arriscava-me a ser passado a ferro por algum maluquinho que viesse nela a 200 por hora, como por vezes acontece na A5, com chuva e tudo. Só me restou abrandar "suavamente" e tentar "equilibrar-me" entre a segunda e a terceira faixa. Tudo terminou bem e com o distraído, quando depois o ultrapassei, a pedir-me desculpas pelo seu vidro embaciado mas que me assustei como já não me assustava há uns bons tempos, assustei-me. Por uma fracção de segundo, pensei que ia ter um encontro do terceiro grau com a lata que vinha para cima de mim. Felizmente que tal não aconteceu.